O dia 16 de outubro é lembrado como o “Dia dos
Endividados”. Falado nisso, o fantasma da inadimplência insiste em assombrar a
estabilidade das empresas. E, ao que tudo indica, ele vem ganhando força nos
últimos tempos. De acordo com a Serasa, no último mês de setembro o aumento do
endividamento do consumidor no Brasil beirou a casa dos 20%.
O número é preocupante e serve para ligar o sinal de
alerta dos empresários. A editoria de Economia do Portal Uol destacou oito
dicas de um especialista para evitar que seu negócio seja afetado com as perdas
por inadimplência de clientes:
1 - Analise o crédito: faça uma análise de crédito do
cliente junto a empresas ou entidades de proteção ao crédito como o SPC,
Serasa, associação empresarial ou até mesmo na internet. O cliente sabe que
está sujeito a essas consultas quando faz compra a prazo, portanto, não causará
mal estar;
2 - Aumente o crédito de acordo com o relacionamento: não
abra uma linha de crédito muito grande logo na primeira compra do cliente, vá
aumentando na medida em que o relacionamento comercial se sedimente;
3 - Forneça nota fiscal: não venda sem nota fiscal. Além
de ilegal, deixa você sem nenhum amparo se tiver que acionar o comprador;
4 - Peça referências: solicite referências comerciais,
bancárias e pessoais, mas cuidado, as referências comerciais e pessoais podem
ser "carimbadas", ou seja, instruídas sobre o que se deve falar;
5 - Prefira pagamento em cartão: apesar do custo
financeiro, na dúvida, prefira o cartão de crédito ou débito como forma de pagamento.
Assim, se o cliente ficar inadimplente, a dívida será com a administradora do
cartão;
6 - Faça contrato: para volumes mais expressivos de
venda, não hesite em firmar um contrato e pedir algum tipo de garantia e aval
de terceiros (analise o crédito);
7 - Entenda padrões de consumo: se o cliente for uma
empresa, na medida do possível, tente entender o seu negócio. Isso é útil para
identificar padrões de consumo e melhorar vendas futuras;
8 - Se for arriscado, não venda: nenhum empreendedor se
sente satisfeito em perder uma venda, mas, apesar do impulso natural ser
contrário a isso, às vezes, o "não vender" representa um ganho
financeiro que sempre deve ser considerado. Se encontrou um cliente duvidoso,
não venda.
O Sebrae disponibiliza uma apostila com dicas para se
resguardar contra a inadimplência. Baixe o material acessando este link.
Confira, abaixo, a reportagem do Folha Online, publicada
no último dia 14 de outubro:
Inadimplência do
consumidor cresce 19,6% em setembro
A inadimplência entre consumidores brasileiros registrou
forte alta em setembro, subindo 19,6% em relação ao mesmo mês do ano passado,
de acordo com dados da Serasa Experian divulgados nesta terça-feira (14).
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a inadimplência entre consumidores avançou 4,2% sobre um ano antes.
Em comunicado, economistas da Serasa atribuíram a alta da inadimplência à conjuntura econômica mais adversa de 2014, citando "recessão econômica, inflação oscilando acima do teto superior da meta e crediário mais caro".
Na comparação com agosto, no entanto, o índice recuou 0,8%, no segundo declínio consecutivo após queda de 0,2% em agosto sobre julho.
No detalhamento por tipo de dívida, as dívidas não bancárias - envolvendo cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços - recuaram 3,1% em setembro ante agosto, puxando a queda na comparação mensal, segundo a Serasa.
Os cheques sem fundo, as dívidas bancárias e os títulos protestados viram crescimento de 0,4%, 0,8% e 16,7%, respectivamente, ante agosto.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a inadimplência entre consumidores avançou 4,2% sobre um ano antes.
Em comunicado, economistas da Serasa atribuíram a alta da inadimplência à conjuntura econômica mais adversa de 2014, citando "recessão econômica, inflação oscilando acima do teto superior da meta e crediário mais caro".
Na comparação com agosto, no entanto, o índice recuou 0,8%, no segundo declínio consecutivo após queda de 0,2% em agosto sobre julho.
No detalhamento por tipo de dívida, as dívidas não bancárias - envolvendo cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços - recuaram 3,1% em setembro ante agosto, puxando a queda na comparação mensal, segundo a Serasa.
Os cheques sem fundo, as dívidas bancárias e os títulos protestados viram crescimento de 0,4%, 0,8% e 16,7%, respectivamente, ante agosto.